Quem é Luís Pitarma, o enfermeiro português que cuidou de Boris Johnson

Luis Pitarma

Source: Facebook

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O primeiro-ministro britânico Boris Johnson quis agradecer a dois enfermeiros em particular: Jeny, da Nova Zelândia, e Luís, de Portugal. Portanto, 2 estrangeiros.


Na ressurreição do primeiro-ministro britânico – no domingo de páscoa – ao sair do hospital em Londres e antes de se encaminhar para uma residência onde está em confinamento, Boris Johnson, visivelmente olheirento e com menos fôlego que o habitual, quis agradecer a dois enfermeiros que velaram por ele a cada segundo das primeiras críticas 48 horas de internamento em cuidados intensivos, por causa do coronavirus.

Boris Johnson detalhou detalhou: “O que fez o meu corpo ter oxigénio, foi o facto de eles terem cuidado de mim a cada segundo daquela noite e daquelas 48 horas e terem feito tudo o que era preciso”.

“Luís, o português de perto do Porto”, como lhe chamou Boris Johnson, está no Reino Unido desde 2014. É um dos enfermeiros portugueses que emigraram para terras britânicas no tempo crítico da austeridade quando a troika internacional ditava regras em Portugal. Partiu em busca de salário melhor e com pagamento certo. Ficou logo a ganhar em cada mês quatro vezes o que ganhava em Portugal.

Luís Pitarma, é este o apelido, nasceu há 29 anos em Aveiro, cidade litoral a sul do Porto, conhecida como a Veneza portuguesa pelos canais da ria que atravessa a cidade.

Aos 17 anos, Luís deixou Aveiro, para estudar enfermagem em Lisboa. O programa Erasmus de livre circulação académica levou-o a seis meses na Finlândia. Quando regressou a Portugal, especializou-se em pneumologia, mas o país estava mergulhado em crise financeira. Luís, tal como fizeram em 2014 outros 1064 enfermeiros portugueses, migrou para Inglaterra, primeiro para o hospital de Luton, depois para o Saint Thomas, em Londres.

Luís é um especialista em ECMO, um equipamento de oxigenação por membrana corporal, que permite alimentar com oxigénio o coração e os pulmões de um enfermo em aguda dificuldade respiratória. O enfermeiro Luís (de Portugal), tal como a enfermeira Jeny (da Nova Zelândia) são reconhecidos como de topo a intervir com o ECMO em apoio de vida segundo a segundo.

Foram decisivos, tal como Boris Johnson quis reconhecer publicamente.

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